quinta-feira, 25 de novembro de 2010

vergonha

confesso que houve momentos na minha infância em que senti embaraço com a minha família. ela não era tão sofisticada, culta e rica como a de muitos dos meus amigos dessa época. e menti. inventei uma família que não existia. com o passar do tempo aprendi a aceitar a minha família e as minhas raízes. hoje, não sinto qualquer constrangimento com as minhas origens e lamento que essa aceitação não tenha acontecido mais cedo.
esta manhã, conduzindo a caminho do escritório, voltei a sentir esse sentimento de vergonha. ouvi, na rádio, uns trogloditas a insultarem  os jogadores do meu clube, à sua chegada ao aeroporto, e voltei a desejar ter uma outra família clubística.